Sobre

Bem vindo!

Estação Hogwarts é um blog, cuja a inteção é apresentar fanfictions coletivas com personagens autênticos e suas aventuras paralelas à obra de J. K. Rowling aonde também é inspirado. As histórias se passam durante Harry Potter e a Ordem da Fênix e não possui fins lucrativos.

Agosto 2008 ©

Integrantes


BY TZ

Nome: Cassidy Astarov
Idade: 15 anos.
Casa: Sonserina
Ano: 5º ano
Varinha: Escama de Basilisco, caneleira, 25 centímetros, especialmente flexível.
Personalidade: Numa primeira palavra, Cassidy seria descrita como séria, calada e inteligente. Porém essa é apenas uma das facetas versáteis dela. Sabe ser educada quando quer, revelando-se também uma verdadeira víbora nas poucas horas de vingança. O irmão e amigos próximos descrevem-na como temperamental, geniosa e leal, embora tenha uma certa tendência para ser anti-social. É excêntrica, rica e aristocrática, não perdendo uma oportunidade para mostrar toda a sua cortesia, mesmo que se vista e aja como um rapaz, e não uma dama, o que não é bem visto por parte da família.

BY TZ

Nome: Helena Nerissa Kholer Jones.
Idade: 15 anos.
Casa: Corvinal.
Ano: 5º ano.
Varinha: 19 cm, pelo de unicórnio e mogno.
Personalidade: Helena é uma garota bondosa, criativa e inteligente. Ela é distraída ao extremo, embora seja muito perceptiva e sensível em relação a sentimentos. Tem uma fé inabalável, assim como o dom da tranqüilidade. Assim, mesmo nos momentos mais desesperadores que deixariam qualquer um com os nervos a flor da pele, ela está completamente calma. Normalmente é muito mais gentil e solidária do que brigona. Não costuma guardar mágoas e perdoa com facilidade. É preciso que seja bastante atormentada para transformar-se numa víbora. Mas dificilmente alguém consegue ter raiva dela. Dentre seus principais defeitos, estão a indecisão constante e a tendência a fuga. É muito sonhadora, carinhosa e tímida, tem muita dificuldade em falar em público ou fazer amigos. Tem paixão por livros. Os sonhos premonitórios também marcam presença, já que a sua mediunidade é muito acentuada.

BY TZ

Nome: Douglas Robert Martin.
Apelido: Dougie
Idade: 15 anos.
Casa: Corvinal.
Ano: 5º ano.
Varinha: Vinte e nove centímetros, pêlo de unicórnio, Pinheiro.
Personalidade: Dougie é um corvinal mestiço que algumas vezes o orgulho se torna extremamente inflado, mesmo que algumas vezes até oco, e muitas vezes sendo confundido com um egocêntrico qualquer. Detesta que o subestimem, e que duvidem de sua honra, de sua palavra ou de sua fidelidade. Na realidade, ele destesta perder, pois sempre foi muito orgulhoso. Não mediria esforços para não perder um desafio ou aposta. Retirando isso, ele é uma pessoa muito brincalhona, que sempre brilha sozinho nos círculos sociais. Ele procura desde que entrou em Hogwarts um companheiro ou companheira de brincadeiras, a fim de aprontar todas em Hogwarts, mas nunca achou. Graças à sua esperteza, inteligência e sua capacidade de aprender muito facilmente, foi para a Corvinal.

BY TZ

Nome: Nicole Elizabeth Beker.
Idade: 15 anos.
Casa: Corvinal.
Ano: 5º ano.
Varinha: 29 cm, chifre de unicórnio, salgueiro.
Personalidade: Como toda Corvinal é inteligente e bem humorada. Com sua enorme sede por conhecimento Nicole se torna super atenciosa pelas coisas que se passa a seu redor, ou seja, muito observadora. É uma garota astuta, que não se deixa enganar facilmente. É divertida e alegre tornando-a fácil de conversar e amigável. Com seu raciocínio rápido sempre falar boas coisas na hora certa, ou ela julga ser o momento certo. Pode se dizer que é sensível, como a maioria dos membros da casa, mas isso varia de acordo com o seu humor.

BY TZ

Nome: Catherine Taylor.
Apelido: Cathy.
Idade: 15 anos.
Casa: Grifinória
Ano: 5º ano.
Varinha: 25 cm, pena de fênix, mogno.
Personalidade: Cathy é feminina, desajeitada e muito franca. Gosta das coisas do jeito dela e é um pouco cabeça dura para aceitar conselhos vindo de outros. Adora fazer novas amizades e tem facilidade para conversar com quem não conhece. Ama cozinhar, adora estudar, tem uma gata chamada Niny.

BY TZ

Nome: Misa Kitsune Lawliet.
Apelido: Misa-chan (por ser meio japonesa), Kit (por causa do sobrenome).
Idade: 15 anos.
Casa: Corvinal.
Ano: 5º ano.
Varinha: Cordas de coração de dragão, cerejeira, 33 centímetros.
Personalidade: Misa é uma menina extremamente alegre. Qualquer coisinha lhe faz abrir um sorriso. Também é muito inteligente e estudiosa. Quando senta para estudar ou fazer tarefas escolares, não a incomode, à não ser que queira briga. Adora os amigos e faz o impossível para ajudá-los, se for necessário. É muito carinhosa e sonha com o príncipe encantado. Vive no mundo da lua e, muitas vezes, fala sozinha com amigos imaginários.

BY TZ

Nome: Christine Liesel MacAlderley.
Apelido: Tina, para o irmão e alguns maldosos como "Sra. Certinha" e coisas do gênero.
Idade: 15 anos.
Casa: Sonserina.
Ano: 5º ano.
Varinha: Corda de coração de dragão, azevinho, 32 cm.
Personalidade: Extremamente tímida e desconfiada, Christine tem uma certa dificuldade em fazer amigos. No entanto, como ela e o irmão gêmeo são inseparáveis, eles acabam por compartilhar as amizades conquistadas por ele. Integrante da casa Sonserina, Christine faz jus a tal fato: é astuta, sagaz e de pensamento ligeiro, conseguindo sempre notas admiráveis na maioria das matérias (ao que o irmão alega ser pelo fato dela estudar em demasia). Apesar de seu comportamento um tanto reservado, Christine é uma menina meiga e sensível, embora descobrir tais coisas exija tempo e algum esforço. Este comportamento lhe rendeu a capacidade de ser extremamente observadora e o hábito de analisar a fundo qualquer situação. Christine busca ser sempre bem-sucedida em tudo que faz e é uma CDF de carteirinha: vive na biblioteca ou com um livro enfiado debaixo do braço.

BY TZ

Nome: Cornelius MacAuderley.
Apelido: Sempre chamado de Neal, já que detesta seu nome. Chamado, de vez em quando, de “ô você aí do gorro amarelo”, já que sempre anda por aí com seu velho e surrado gorro amarelo.
Idade: 15 anos.
Casa: Lufa-lufa.
Ano: 5º ano.
Varinha: Fio de cauda de unicórnio, salgueiro, 35,7 centímetros.
Personalidade: É o oposto de sua irmã “gema”, Tina. Neal (Cornelius não, por favor) sempre está fazendo travessuras e contando piadas, mesmo em momentos impróprios. Embora pareça sempre confortável em meio a multidões, sente-se muito mal quando fica sozinho com alguma garota, e a vergonha não deixa que ele diga nada que valha a pena escutar. A timidez de Neal é revelada de vez em quando, e quando aparece, é difícil de ser removida. Quando precisa ser sério - bancar o Cornelius, como ele diz, por achar seu nome “sério” demais – é sério, e como quase todo integrante da casa do texugo, o garoto é leal e justo, e está sempre pronto para ajudar. Não gosta de demonstrar seus sentimentos, talvez por não saber como fazê-lo, mas não é daqueles que acredita que homem não chora. Neal aprecia o bom-humor e é um grande fã dos gêmeos Weasley, e sempre que pode prega uma peça na nova diretora de Hogwarts, além de tentar fazer com que Tina quebre uma regra.

BY TZ

Nome: Carlisle Haken Johnson.
Apelido: Por motivos de poupar tempo, as pessoas costumam chamá-lo de Carl.
Idade: 15 anos.
Casa: Lufa-lufa.
Ano: 5º ano.
Varinha: 25 cm, Crina de cavalo do lágo, salgueiro italiano.
Personalidade: Carlisle é um rapaz tímido ao extremo, orfão de pai foi criado com muito esmero pelo tio materno. Curioso e sagaz, possuí uma sensibilidade anormal e desenha de uma forma maravilhosa, embora seja tímido, possuí um tendencia sobre natural para fazer pessoas se agruparem ao seu redor. Monitor de sua casa, se espelha em Cedrico Diggory como um irmão mais velho.Se tornou triste e melancólico depois da morte de seu ídolo mais próximo, embora,como haje de acordo com o figurino imposto por sua casa, tenta parecer alegre e bem resolvido embora não considere que nenhum vivo pode ser posto em local de admiração.

BY TZ

Nome:Lindellë Luna Ann Monte-Claire.
Apelido: Lin, Linde o que não falta é opção, olha o tamanho do meu nome!
Idade: 15 anos.
Casa: Corvinal.
Ano: 5º ano.
Varinha: 25 centímetros, fio de cabelo de nereida, cerejeira.
Personalidade: Lindellë é uma menina muito feliz, porém não gosta de demonstrar, pois acha burrice uma pessoa ficar alegre o tempo todo. Seu bom-humor e sarcasmo são quase inafetáfeis, pelo menos até alguem fazer piadas sobre seu comportamento, que em geral, não é próprio de alguém de sua classe social. Odeia ser chamada de "patricinha do cabelo cor-de-rosa", geralmente ela atira o que tem em sua mão em quem fez a piada. Como todos os corvinais é bastante inteligente, mas não gosta de demonstrar isso. Com a mãe ela é quieta, não fala sobre nada que diga respeito a escola, os professores ou notas. Seu maior medo é amar loucamente uma pessoa e em troca receber indiferença.

BY TZ

Nome: Mary Jane Priestly Dashwood.
Apelido: MJ.
Idade: 15 anos.
Casa: Sonserina.
Ano: 5º ano.
Varinha: Herdara a varinha de sua avó quando estava para embarcar pela primeira vez em Hogwarts, antes que a mesma viesse há falecer dois anos depois, ela é composta por vinte e seis centímetros de puro carvalho em um punhal de prata que leva o brasão da família gravado, a varinha tem a essência de lágrimas de fênix, talvez por isso ela seja ótima para feitiços de reparos entre as transfigurações.
Personalidade: É a garota mais fútil e mimada de todo o castelo, embora tente ser a mais inteligente também. Gosta de fazer amizades, de ser o centro das atenções e de principalmente receber elogios, onde estiver acontecendo algo ela logo saberá por que corre atrás de fumaça aonde não tem ou ainda não está por vir, mas que breve vai tocar nas línguas de todos. Tem certo dom para ser a fonte das informações, tem um faro sem igual para essas coisas inclusive para a moda, o que mexe com ela a cada dia que passa e a cada mostra de novas linhas criada pelo seu famoso papai estilista. Acostumou-se com o cargo de princesinha da família e de todos, e desde então nunca perde a pose por nada, faz de tudo para conseguir o que quer e na maioria das vezes sempre consegue, não mede palavras para com seus adversários em meio a uma rixa e quando o assunto se trata de laranja ser o novo rosa todos estão bêbados de tanta cerveja amanteigada.

BY TZ

Nome: Jaseen Crooker Fly.
Apelido: Jazz.
Idade: 15 anos.
Casa: Corvinal.
Ano: 5º ano.
Varinha: 36 centímetros, pêlo de unicórnio, salgueiro.
Personalidade: Jaseen é um dos alunos mais populares de sua casa. É um bom aluno de Herbologia e Defesa contra Arte das Trevas. Acredita que o fato dos professores dessa última matéria apenas prejudica o desenvolvimento dos alunos. Pouco simpatiza com os alunos da Sonserina, mas é amigo de Florence Carter, quartanista da casa verde e prata. Sua psique é calma e centrada, talvez o Chapéu Seletor tenha o escolhido para essa casa pois assim sua mente seria moldada para algo grande.

BY TZ

Nome: Rebecca Staton Barrowns.
Idade: 15 anos.
Casa: Sonserina.
Ano: 5º ano.
Varinha: 27 centímetros, fio de cabelo de veela, cerejeira.
Personalidade: Rebecca é uma garota incrivelmente sagaz e ativa, não gosta de pessoas com raciocínio lento ou que levam as coisas muito a sério, sua meta é passar pelo colégio com notas regulares e muita diversão, sua família puro sangue possui uma grande fortuna, por isso seu futuro está garantido, procura incansavelmente atividades para preencher seu dia, que geralmente acabam sendo torturar professores e alunos da lufa-lufa (ela os despreza), por ser bonita e engraçada é muito popular, mas rejeita qualquer relacionamento profundo com o sexo oposto. Seu maior sonho é poder jogar quadribol no time da casa.

BY TZ

Nome: Aimee Belle Swan Rousseau.
Apelido: Bell, Bells e Aymi.
Idade: 15 anos.
Casa: Corvinal.
Ano: 5º ano.
Varinha: 30 centímetros, cedro, pena de fênix.
Personalidade: A palavra chave para definir Aimee seria “Boêmia”. Sonhadora, romântica, curiosa, e tímida, a garota tem uma aura de inocência pairando sobre si, apesar de, quando irritada, é extremamente fria, quieta e orgulhosa. Confronta-se com questões filosóficas na calada da noite, e lê compulsivamente. Raramente tira notas altas, a não ser quando o assunto lhe interesse, e tem claustrofobia, segredo que guarda a sete chaves. É facilmente corrompida, raramente está aberta a idéias novas, vegetariana desde os doze anos e entusiasta de musicais e protestos pacíficos, fanática por xadrez bruxo e musicas, livros, filmes e desenhos trouxas. Foi posta na Corvinal por sua veia estrategista, curiosidade aguçada e percepção (às vezes).

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terça-feira, 11 de agosto de 2009
Sapa, serpente e sarilhos

O mal-estar causado por Umbridge já era geral, mas estava a atingir proporções verdadeiramente assustadoras. Só cinco pessoas estavam a comer, normalmente, naquele salão, como sempre faziam antes: Crabbe e Goyle, chafurdando em chocolate, e Malfoy, Nott e Astarov, cada um cochichando mais baixo e de ar mais suspeito que o outro.

- Meu pai diz que é só uma questão de tempo. Vão conseguir sair, preparar tudo, e é uma questão de dias até apanharem o Potter. – Draco parecia extremamente feliz. – E, claro, só espero que tirem o Dumbledore, assim que Snape se tornar Director, aquele enorme burro vai porta fora.

- Só espero que a Mulher Tereré também vá. Pôs-se a dizer que eu vou morrer amanhã no meio do corredor. – Cassidy, mesmo não tendo Adivinhação, tinha a sorte de se encontrar, por vezes, com a professora Trellawney no meio do corredor, e esta desfazia-se em explicações sobre a sua aura negra, e o seu cheiro a morte.

- Bando de incompetentes. Mas aquela Umbridge também é meio… mole. – Nott bocejou, fazendo um jeito com a cabeça em direcção à mulher de casaco rosa.

- Essa é manteiga. – A morena bufou, voltando a sua atenção para o prato com torradas. Apercebia-se de que não tinha fome nenhuma.

- Mas…

- Não contem com a minha ajuda. – E, levantando-se, regressava ao seu dormitório. Estava pronta a dedicar os poucos minutos que ainda tinha, antes da primeira aula, ao seu novo passatempo.

Ainda estava um pouco enferrujada, mas, com o tempo, ia conseguindo melhores resultados, e começava a lembrar-se das notas. Violino requeria paciência, e, contudo, estava a conseguir regressar aos seus velhos tempos. Aqueles que Charles interrompera quando a mãe lhe dera a notícia de que a sua neta estava na Sonserina. Até agora, não percebia porque assim o fizera, se teria, porventura, medo dela. Mas o que a sua casa tinha a ver com violino?

A pouco e pouco, uma melodia triste vibrava à beira do lago. Não sabia se era uma reflexão da sua alma, ou se eram as suas dúvidas a escoarem, lentamente, pelos dedos, pelo arco e pelas cordas. Ainda haviam hesitações, algumas notas mais mal tiradas, o que apenas mostrava que o tempo que estivera longe de um instrumento daqueles fizera os seus danos. Mesmo que a muita teimosia acabasse por compensar. Porém, com um arranhão, terminava tudo, e o irmão sentava-se ao seu lado. Notou, mentalmente, que ele estava a segui-la muito, naqueles últimos dias.

- Se o avô te ouvisse e visse assim ia dizer das dele, novamente. Mas, há quanto tempo nem vê um? Ou melhor, onde arranjou…

- Não interessa. Você também não precisa de se incomodar com isso. – Cortou-lhe a palavra, seca e cortante, mas educada. Ainda estava ressentida da conversa do último dia.

- Eu quero saber! – Desta vez ele subira o tom de voz. Tinha a cara a começar a ficar vermelha, de irritação.

- Claro que se interessa, é por isso que me tem estado a seguir.

- Já ouviu o que disse Harry? Voldemort está de volta, e com a Umbridge como professora as coisas só podem piorar.

Mas, em vez de tentar entender, ela já lhe tinha virado as costas, e caminhava em direcção ao castelo com um sorriso nos lábios. O irmão fez exactamente aquilo que ela previra, levantando-se e puxando um dos ombros para a parar.

- Não compreende…

- Eu entendo. Melhor, eu sei o que é verdade. Malfoy não é só uma carinha lindinha para enfeitar, sabe? Mas por agora não há com que preocupar.

Continuou a caminhar para o castelo, antes de chegar atrasada a alguma aula. Mas o seu humor já estava irremediavelmente estragado e, para variar, sentia-se absolutamente irritada com tudo. Ainda iria passar pelo dormitório, e depois seria hora de começar mais um joguinho de mentiras com os colegas. O irmão, esse, deixara-se ficar para trás, ainda com a pergunta entalada na garganta.

Cassidy
 
terça-feira, 7 de julho de 2009
Presente sem nome nem motivo – Final

Depois de escrever uma folha de pergaminho do castigo do irmão para Snape, o seu pulso doía, e a cabeça andava a mil à hora. Ainda não tinha parado de se criticar pela falta de memória em assuntos tão delicados, mas, pelo menos, já se recordava.

- Estás pálida. Tens andado a dormir? – Ouviu o irmão a perguntar, outra vez a duvidar das suas crises de insónia que a levavam a vaguear pelo castelo ou a ficar inerte, e desperta, numa cama que parecia ser feita de gelo. Não que ela desgostasse da sensação.

- Estou a dormir muito bem, sim, e isso não é da sua conta. – Respondeu baixo, num tom educado mas que denotava irritação.

- E comer? Nunca te vejo no salão. – Continuou a insistir, enquanto enfiava o pergaminho na mala, sem jeito nenhum.

- Isso não é da sua conta… - Ainda respondia, mas cada vez mais baixo. Estreitou os olhos, mas nem se atreveu a desviar a cabeça ou a levantar-se primeiro do que ele.

- Ou são memórias desagradáveis? – Tentou ser tão ou mais mordaz do que ela, e não havia dúvida de que tinha sido bem sucedido, e até demais. Tinha, aparentemente, tocado num nervo muito sensível, que a fez atirar com o livro para a mesa e abandonar a biblioteca sem uma palavra.

Primeiro até tinha ficado contente com a proeza, e soubera-lhe muito bem saborear aquela vitória. Mas, depois, esse gosto foi substituído por asco, e já era tarde quando olhara pelo corredor à sua procura. Vendo bem, não era aquele tipo de gozo que queria, mas era o que tinha como ganho. No dia seguinte teria coragem para enfrentá-la e desculpar-se devidamente, não valeria a pena correr o castelo que nem um desalmado.

- Irmãs… da sonserina, ainda por cima. – Resmungou, sozinho nos corredores, sem saber muito bem para onde ir.

*****

Cassidy estava sentada, rodeada por elfos, na cozinha. Ao contrário de muitos sonserinos, não se sentia minimamente incomodada pela “ralé”, e, embora achasse a B.A.B.E. de Hermione uma autêntica burrice, não submetia elfos domésticos à pura escravidão por prazer. Desde que lhe trouxessem chá e scones, estava satisfeita.

- O seu chá, senhora. Os seus scones, senhora. Nós já trazer mais. – Era a única coisa que se ouvia em todo o espaço, enquanto ela, com os olhos amarelados, fixava um ponto da parede, inexpressiva e muda.

Não se estava a remoer pela falta de memória, agora. Lamentava, antes, não ter voltado a dedicar-se àquilo. Àquele que fora o seu grande prazer de dedilhar, há tantos anos, e que fora o menino dos seus olhos. Mas já nem devia saber tocar, e, além disso, como encontraria um naquele momento? Era, simplesmente, impossível, e isso deixava-a taciturna, pensativa. Com um feitiço de convocação não podia, afinal devia ser um susto e tanto para alguém ver uma coisa daquelas a sobrevoar meia Europa. E não havia nenhuma poção que fizesse o truque bem realizado e completo.

Com aquilo tudo, nem saboreava o chá e começava a aborrecer-se de estar ali. E, por isso, levantou-se, ignorando os elfos e as suas perguntas incessantes, saiu. Tinha ficado fechada lá mais tempo do que esperava, e tinha passado o jantar. Arrastou-se até aos dormitórios da sonserina, não sem encontrar Snape pelo caminho. Teve a sensação de que ele a seguia com os olhos, mas como não foi interceptada no caminho, continuou.

Esperava atirar-se para a cama, correr os cortinados de veludo verde-escuro e ler, ou tentar adormecer. Nem Pansy nem Emily nem nenhuma outra colega estavam lá para a impedir de fazer o que quisesse, e isso era suficientemente bom. Entrou, ultrapassando agilmente as malas e os objectos espalhados, sem tropeçar na alcatifa escura, e estava quase a deixar-se cair na cama quando se deparou com um embrulho grande em cima dela.

Primeiro pensou que era engano da coruja da escola, ou melhor, das corujas da escola, pois era grande demais para uma só, e que aquele embrulho era para o seu irmão. Não se lembrava de ter pedido nada à mãe. Porém, tornara-se demasiado óbvio que este presente era para ela, uma vez que tinha o seu nome escrito no embrulho, no mesmo tipo de letra cursiva que usava. Era-lhe familiar, mas não tinha remetente.

Primeiro inspeccionou o embrulho e, não tendo encontrado nada, agarrou no pacote e rasgou o papel. Revelando uma mala, de forma única, em tecido preto. Preso a um dos fechos estava uma corrente, e, com ela, um relógio de bolso, em prata, de aspecto antigo, com uma runa gravada na tampa. Não havia nenhum recado, nenhuma carta, ou nada que lhe pudesse dizer quem seria o seu presenteador, ou porque o faria. Era um mistério, um puzzle para o qual lhe faltavam imensas peças.

Soltou o relógio, e enfiou-o no bolso. Curiosamente, não estava gelado, como tudo o resto que fosse metálico naquele dormitório frio. Estava quase morno, como se tivesse estado em contacto com a pele de alguém até há pouco tempo. Sem conter uma ponta de curiosidade, que lhe ficava mal mas que nem se preocupou em controlar, abriu a mala.

Abriu a boca, e o corpo paralisou. Um violino.

Cassidy
 
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Presente sem nome nem motivo – Parte 1

Aquela semana tinha sido demasiado corrida para a sonserina, que mal tivera tempo para pensar. Umbridge, Malfoy, Snape e Filch pareciam estar presentes em cada canto, à espera de a ver passar para lhe fazerem mais perguntas. Perguntas desnecessárias, na sua opinião, que já estava farta de ser abordada demasiadas vezes no corredor, fosse por quererem a sua presença num clube mais restrito da professora de DCAT fosse por tentarem dar-lhe uma detenção. Já perdia a conta às vezes que dissera ao loiro aguado que Brigadas como aquela não lhe faziam o género.

Suspirou, enquanto procurava um bom livro na biblioteca. Algo que a distraísse e, ao mesmo tempo, a ajudasse nos estudos, mais tarde. Mas não encontrava nada que a satisfizesse, simplesmente porque nem lhe apetecia ler. Faltava-lhe alguma coisa naquele momento, e recriminava-se por não se lembrar do que era. Só se lembrava da sua sensação de conforto, mas era uma memória muito vaga e antiga, algo como uma melodia. Só sabia que tinha algo a ver com o avô. O mesmo que, há cinco anos atrás, deixara de os receber em casa pelo Verão e pelo Natal. Dizia que era por estar doente, mas a morena sabia muito bem o real motivo.

Acabou por encontrar um grosso volume no qual nunca tinha reparado antes. Era um “Raízes e Ancestrais” bastante velho e surrado mas que, contudo, ela não se lembrava de ter visto, alguma vez, na biblioteca. Ver famílias antigas e linhagens de sangues puros não faziam bem a sua ideia de entretenimento, mas não havia mais nada a fazer e, ao menos, talvez assim os restantes membros da Sonserina a deixassem em paz por um bocado.

Era um sábado à tarde e, por isso, não haviam muitas pessoas pelos corredores, uma vez que a maioria estava a aproveitar os últimos dias sem vento à beira do lago, ou na sala comunal, a jogar. Pensou na última possibilidade, e ir também enfiar-se num cadeirão verde, devorando o livro, e esquecendo aquela necessidade urgente de… qualquer coisa que a reconfortava de uma forma única. Mas uma sombra tomou forma à sua frente, a mesma forma do irmão alto, de cabelos rebeldes. Todas as suas possibilidades de ir para as masmorras se evaporaram naquele instante.

- Cass! Uma ajudinha, por favor? – E, com desplante, exibiu à sua frente o manual de Poções, fazendo-a suspirar, e detestar profundamente aquele apelido. Podia estar já no sexto ano, mas ela já o sabia de trás para a frente. Guardou o livro na mala, antes que ele visse, e regressaram à biblioteca.

Apesar de Sergey ser, na opinião de quase toda a Hogwarts, um grifinoriano lindo, não havia rapariga que lhe chegasse perto, tudo por culpa de uma desgraça de madeixas vermelhas. Cassidy, como irmã, podia ter muitas vantagens, mas era notório que não havia fardo mais pesado a carregar. Fosse aterrorizando as pretendentes com a sua presença ou com histórias verdadeiramente pavorosas, a sonserina vinha a criar um novo recorde para a “pessoa mais odiada em toda a escola”.

- Um pouco de atenção faz milagres, sabia? – Já sentados na biblioteca, lia a lista de ingredientes e o modo de preparação da poção, adivinhando quase de imediato o grande problema dele. Snape e a falta de dois ou três ingredientes, como era habitual.

- Como me posso concentrar com aquele Morcegão velho a tentar esmigalhar todos os grifinórios? Ele faz por… fetiche, ou assim. - O seu beicinho era quase impressionante. – E acabei esquecendo a belladona.

- Você sempre esquece a belladona. E, se não é a belladona, é outro qualquer. – Dizia, enquanto escrevia a composição, tentando imitar a letra do irmão. Felizmente eram parecidas, só tinha de diminuir o cursivo.

- E que culpa tenho eu que não seja imune aquele Seboso? Nem sei como sobrevives, só de imaginar aquela figura passeando a três metros de… - Estremeceu, fazendo caretas.

- É o director da minha casa e basta. – Cortou a conversa, olhando de lado. Confessava que não era muito fã de Snape, mas entre ele e qualquer outro professor a ensinar, preferia-o. – A propósito, ainda se lembra das tardes que passávamos em casa do avô?

A pergunta tinha sido feita num tom casual, mas qualquer pessoa bastante atenta notaria a tensão que se tinha criado entre os dois. A temperatura da biblioteca parecia ter descido uns bons dez graus. Sergey coçou a cabeça antes de responder, sem grande convicção.

- De estar com você, não, lembra? Eu sempre estava em equitação, e você fechada naquela sala. Não se lembra de olhar para a janela e ver?

- Claro que lembro. E eu não olhava pela janela, não se lembra também? – Por baixo daquela calma, a parte do cérebro referente à memória trabalhava arduamente, para se tentar recordar. Claro que se lembrava do irmão e da equitação, passara metade da sua vida a dizer que ele tinha mais amor a um cavalo do que a qualquer rapariga.

- Pois, claro que não. Você só tinha olhos para aquela coisa. Tem razão… – Respondeu torto, e fez-se um clique na sua cabeça, seguido da maior colecção de palavrões cabeludos que encontrava para si mesma.

Como se podia ter esquecido… daquilo… dele?

Cassidy
 
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Carlisle esfregou as palmas da mão na calça pela qüinquagésima vez. Um a um, os ansiosos garotos subiam em suas vassouras para fazer o teste para ocupar o lugar do finado Cedrico Digorry, e o de mais três artilheiros que haviam completado a escola. Sentado no vestiário, com as costas nuas encostadas na parede fria, o rapaz conseguia ouvir os gritinhos de excitação vindos do campo. Ele se levantou e pesadamente enfiou a cabeça para conseguir ver o que se passava, de fato não pode negar uma alegria e um alívio quase instantâneos. Sentados na arquibancada estavam Jasper, Klaus e Maxwell, se dependurando na amurada e vaiando todos aqueles que se candidatavam a apanhador. A alguns poucos metros de distância estava Karen, Bella e Lucy, discutindo animadamente.
Pelo que as borboletas no estomago de Carlisle o deixaram ouvir, o teste era simples, o primeiro passo era desviar de balaços e perseguir o pomo, todos tinham cerca de meia hora para cumprir a tarefa. Voltou correndo para o vestiário e colocou a camisa do uniforme.
-Carlisle Johnson.
O capitão chamou, e assim que o rapaz entrou no campo, e montou em sua vassoura, os amigos na arquibancada começaram a gritar enlouquecedoramente. O capitão indicou-os com a cabeça a algum artilheiro que foi pedir para que fizessem silêncio. Assim que ouviu o apito ele arrancou, perseguindo o pomo a alta velocidade, um dos balaços passou raspando por ele, acertando sua mão esquerda. O lufano mordeu os lábios e agradeceu aos céus por ser canhoto. Com uma guinada ele começou a subir em espirais, tentando despistar os dois batedores n seu encalço.O pomo começou a andar em linha reta, e Carlisle começou a se equilibrar na vassoura, se estivesse de pé seria muito mais fácil pular e pegar o pomo. Sua Ninbus 2001 acelerou, e quando seus dedos estavam quase roçando na bolinha dourada, um balaço o acertou em cheio nas costas. Sendo jogado para fora da vassoura, a única coisa que Carlisle viu antes de perder a consciência e começar a cair em queda livre, foi sua mão sã se fechando com toda a força ao redor do pomo de ouro.
-Obrigado Cedrico.
Ele murmurou, e as imagens dele, com a pessoa a quem realmente considerava um irmão mais velho dançaram na sua cabeça. Inclusive uma em que Cedrico atrapalhava os cabelos do rapaz e dizia que assim que ele saísse da escola, queria que Carlisle o substituísse.
Na arquibancada Karen soltou um grito, Isabella arregalou os olhos, e assim que conseguiu enxergar corretamente as formas do irmão sacou a varinha e gritou esganiçada.
-Levicorpus.
A queda livre foi interrompida e Carlisle caiu como um boneco, sua mão esquerda fechada mas a direita estava terrivelmente inchada e roxa.
 
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Cathy moveu-se rapidamente pelos corredores de Hogwarts, combinara de encontrar Lin na biblioteca. Lindelle estava absorta em suas partituras de violino, nem notou a amiga chegar.
-Olá!- disse Cathy sorrindo ao ver a concentração da amiga
Lin levantou os olhos rapidamente dizendo:
-Desculpe, eu estava tão distraída...
-Não se preocupe, faça o que tem de fazer.-ela disse rindo- Estamos na biblioteca, não tem como falar muito.
Lindelle olhou para o pequeno caderno de música nas mãos da amiga.
-Não sabia que tocava piano.
-Toco desde pequena, sempre gostei de música.
-Minha mãe me colocou na aula de violino com quatro anos, faz parte de um antigo sonho da vovó.
-Legal. Minha família também adora música, especialmente minha mãe.
-Eu toco só para a família tenho muita vergonha de tocar em público.
Cathy olhou para a amiga descrente.
-Você, com vergonha? Você é uma das pessoas mais determinadas que já conheci!
-Sou, mas é que me vendo todo mundo acha que eu toco bateria ou guitarra.
-Por causa do cabelo?- Cathy perguntou rindo
-Pelo cabelo e comportamento. E também por algumas camisetas do After Forever e do Nightwish- completou ela.
Catherine caiu na risada.
-Qualquer dia você me mata de tanto rir.
-Qual é a graça?-Perguntou ela fazendo cócegas na amiga.-Hem...fala senão eu vou te matar de cócegas... Se é que isso existe.
-Eu não esperava que você gostasse deles. – ela falou entre risadas
Madame Pince deu um olhar irritado e elas pararam antes que ela viesse ralhar com elas.
-Velha desgraçada, até parece que nunca teve adolescência.
-Não se preocupe, qualquer dia ela arranja caso com o Filch...
-Eu vou ser a dama de honra e a Madame Nora vai carregar as alianças! Já pensou que fofo seria?-Perguntou Lin sonhadora.
-Não dá para ser a madame Nora.-Cathy falou, rindo baixinho- Ia derrubar pulgas nos convidados...
-Ai meu vô! Você tem razão! Já pensou o titio Snape se coçando?
Catherine não aguentou e rio novamente ao imaginar a cena.
-Cathy, para sua escandalosa, eu preciso das partituras da biblioteca!
-Quem mandou você falar coisas tão engraçadas...
-Eu não resisto.-Disse Lin com uma carinha inocente.
-Santo de pau oco também não.-Cathy provocou
-Vamos parar senão a tia Pinpin tira a gente daqui.
-Certo.
Se passaram uns dois minutos de silêncio antes que Lindelle terminasse de ler a partitura dizendo:
-Mas que droga! Não tem nenhuma partitura que preste aqui! A Titia Pinpim tem que atualizar sua coleção.
-Eu posso emprestar algumas partituras se você quizer. – ela disse fazendo um gesto para seu caderno
-Sério, Cathy?
-Claro, você olha e o que gostar eu faço uma cópia para você. – Cathy empurrou o caderninho na sua direção
-Eu amei esta daqui.
Lindelle mostro a partitura de Serenata á noite de Mozart.
-É um dueto. Você quer tocar algum dia comigo?
-Podemos tentar, se eu conseguir te acompanhar.
-Claro que consegue.
-Mas pode ser outra hora eu vou ter que ir pra aula do Titio Snape agora.
-Umbrige.-Cathy falou infeliz
-A sapa velha vai sofrer na minha mão...um dia.
-Me avisa, para eu ir junto. – ela disse com um brilho frio no olhar
-Como você é má, Cathy.
-De anjo só tenho cara...-Catherine comentou rindo- Você também não é a madre Teresa de Calcutá.
-Não sou não.
-É, a madre não ia ter cabelo rosa... – ela disse em tom divertido
-Não...meu cabelo é castanho.
-Sério? - Cathy comentou- Sempre quis pintar meu cabelo, nunca tive coragem.
-O seu loirinho é demais.
-É...- ela enrolou entre os dedos uma mecha dourada -Mas sou feliz com ele.
-Apesar de eu ser metamorfa eu não gosto muito de brincar com meu cabelo.
Cathy olhou intrigada para a amiga.
-Metamorfa?
-É, eu consigo mudar minha aparência sem precizar de feitiços, é um dom estranhos, mas é divertido.
-Eu não tenho dom nenhum.- Cathy falou fazendo um muxoxo
-Sorte sua, eu sou meio que a esquisita da família.
-Ser a bonequinha da família não é muito bom também.-Catherine comentou- Todo mundo espera resultados perfeitos, e nada menos que isso.
-Eu sou a única garota no meio de três primos tarados. Eles deram em cima de metade de minhas amigas.
-Eu não conheço nenhum deles, que eu saiba.-ela comentou com um sorriso
-Ainda bem, senão eles iriam te dar cada cantada idota...eles ensaiam as cantadas comigo.
-Tipo o que?- ela segurou o riso um pouco
-Seu pai era pirata? Não por que? Porque você é meu tesouro.
-Realmente.- ela concordou- Idiota ao extremo...
Lindelle gargalhou.
-O Matthew tem um repertório melhor que o David.
-Estou precisando dar umas risadas, qualquer dia me apresenta.
-Vou te apresentar ao Jacob, ele é o mais anta de todos.
Um garoto de cabelos castanhos escuros e olhos azuis apareceu atrás de Lindelle dizendo:
-Quem é a anta aqui?
Catherine ficou sem jeito, e abafou uns risinhos com as mãos.
-Olá, Jake!
-Oi! - disse Cathy ainda sem saber o que fazer
-Jake-anta-nada-indiscreta, essa é Catherine Taylor.
-Oi.- ela repetiu
-Olá, sou Jacob, Mont-Claire.- e estendeu a mão para que ela a apertasse.
-Catherine Taylor.-ela disse apertando a mão dele com firmeza
-Lindelle, você está com paciência pra ser psicóloga hoje?
-Não muita priminho, mas já que você não é como o descarado do Matt eu te "atendo" hoje.
Os olhos de Cathy iam de Lin para Jacob sem entender nada.
-Psicólogo? Isso não é coisa dos trouxas?
-É, minha mãe me mandou para um quando eu optei pelo cabelo cor-de-rosa.
Catherine explodiu em risadas, a amiga tinha veio cômico.
-Desculpe. Mas você, com um psicólogo?-ela disse controlando o riso- Não consigo imaginar a cena...
- É bom não imaginar mesmo.
Ela sacudiu a cabeça e então levantou-se.
-Acho que vocês vão precisar de privacidade para isso.
-Vamos mesmo.-Disse Jacob, sentando-se ao lado de Lindelle.
-Como você se sente sobre isso?-Disse Lindelle pegando um bloco de anotações e escrevendo.
Catherine abandonou a sala ainda com vontade de gargalhar. Só Lindelle mesmo para fazê-la rir com tanto gosto.
por Cathy
 
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Era uma nebulosa manha de inverno, e um pequeno menino corria descalço pela areia de uma gélida praia britânica da cidade de Worthing. Deveria estar no florescer de seus cinco anos, escalou algumas pedras da praia com facilidade e alguns minutos depois um menino de sete anos, que carregava um bebe um pouco maior que um pacote de pão de forma e era seguida por sua irmã, uma garotinha de seis anos com os cabelos negros anelados presos em um rabo de cavalo.
-Não têm moluscos alienígenas de Boston aqui Ed!
Gritou Carlisle enquanto com as pequenas mãozinhas revirava as pedras arrancando moluscos, mas não havia sinal de um que brilhasse e soltasse rastro de chocolate como o irmão havia descrito.
-Desce daí Carl! Não existem moluscos alienígenas de Boston! Boston sequer é outro planeta, é o nome de uma cidade nos Estados Unidos.
Isabella Johnson começou a subir nas pedras enquanto Edward deixava Lucy na areia, e se curva de tanto gargalhar. Carl sentou-se de braços cruzados, e fez um bico grande demais para sua carinha pequena.
-Mas Ed falou que se eu achasse, eu poderia começar a brincar com os amigos dele.
Bella escorregou da pedra e caiu de costas na areia, ela era forte, na verdade era prodigiosamente desenvolvida para uma criança da sua idade, não gostava muito de chorar na frente dos irmãos, mas não conseguiu evitar.
-Tudo bem aí Bella?
Edward correu até a irmã enquanto Carlisle deslizava para baixo da pedra. Isabella sentou-se meio ofegante, e limpou o excesso da areia do cabelo.
-Irgh, mamãe não vai gostar muito de ver isso.
Lucy engatinhou até a irmã, soltando um gritinho agudo que podia ser identificado com “Soaka” que na sua linguagem de bebe significava: Viu Edward? Mandar o Carlisle procurar bestas inexistentes acabou machucando a Bella.
Uma figura recurvada surgiu na praia, seus altos soluços fizeram todas as quatro crianças ficarem em silêncio e olharem fixamente para ela. Era uma senhora de idade chamada Annelise, madrinha de Lucy. Ela se aproximou, enxugando os olhos verde escuro com um lenço branco, e falou com a voz trêmula.
-Pobres crianças, meus pobres queridos desamparados
Ela ajoelhou ao lado de Carlisle e Edward, pegando Lucy nos braços, e acariciando o rosto de Bella.
-Eu realmente sinto muito pelo o que aconteceu.
Mas não, Annelise jamais poderia sentir o suficiente para o que aconteceu com as crianças, nada do que ela dissesse poderia amenizar a dor da casa em chamas e o velório de caixão fechado, pelos corpos carbonizados de Thania e Harry.
 
terça-feira, 10 de março de 2009
Mal vista


As aulas de Poções ministradas por Snape, nas masmorras, continuavam a ser as suas preferidas. Claro que havia sempre a questão dos parceiros com que ficava, como era o caso de algum grifinório ou de alguma sonserina mais mimada e inútil que ficasse com ela.

Naquele dia, Neville, o habitual desastre da grifinória, parecia estar a prometer mais um espectáculo imperdível aos olhos de todos os alunos na casa verde, que já tinham terminado as suas poções: Nott e Zabini cochichavam, Crabbe e Goyle riam-se baixinho, apontando com os seus dedinhos gordos e Parkinson observava de boca aberta. Malfoy sorria, como quem via o Natal chegar mais cedo.

- Merlin, eu espero que ele use a essência de peixe-espinho. – Cassidy fazia figas e esperava o próximo passo dele. Não era grande adepta das perseguições a alunos, mas quando estas envolviam a sua matéria preferida, era difícil resistir.

Longbottom acabou por adicionar o ingrediente, ao fim de dez minutos de ansiedade expectante, nos quais tentava decifrar a lista de ingredientes e qual o frasco que os continha. O resultado fora uma erupção espumosa, que começou a invadir a mesa e o chão, e, como se tivesse vida própria, começava a subir pelas pernas dos alunos. Os que estavam mais próximos, como Hermione Granger, que lhe devia ter estado a ajudar, tentavam afastar-se, já com a espuma a subir-lhes pelos tornozelos. Neville estava coberto, dos pés à cabeça, com aquilo, e mais de metade da sala gritava.

- Silêncio, silêncio! – Snape tentava impor a ordem, ignorando as estrondosas gargalhadas dos sonserinos.

A morena ria-se discretamente, tapando a boca com a mão. Não se expunha mais do que fosse necessário, não fosse dar-se o caso de ficar envolvida em encrencas que só traziam dores de cabeça. Mas, só por rir baixinho, já o mal estava feito, porque uma morena, da grifinória, revoltara-se.

- Podes parar de rir? Não teve graça nenhuma. – Esta atirou-lhe à cara, quase de varinha em riste, com a expressão de quem desejava atacá-la ali mesmo. E não lhe dava medo nenhum.

Não encontrou palavras para falar e, por isso mesmo, a sonserina poupou-se a abrir a boca. Para quê esforçar-se, quando tudo o que dizia era, na maioria das vezes, mal interpretado? Em vez disso virou-lhe as costas, e começou a arrumar os livros e os cadernos, e selou um frasco de poção para entregar.

A grifinória, no entanto, não se deu por convencida, e depressa um colega da sua equipa, se juntou à conversa. Mas antes que algum deles pudesse fazer alguma coisa, já Parkinson, na sua habitual voz afectada, tinha chamado a atenção de Snape, cuja presença, somente, era capaz de pôr cobro a qualquer desacato.

Separaram-se ao som da campainha, e Cassidy teve a desagradável sensação de estar a ser observada pelo director da casa e pelos dois grifinorianos que não tinham conseguido levar a sua avante. Talvez fosse só sua impressão, ou paranóia mesmo, mas já começava a ver inimigos em cada esquina.

Arrepiou-se só de pensar nisso. Longe das mentiras que teciam, ela não pensava nem em um terço de toda a maldade que se dizia capaz. Não detestava o Dumbledore, não se incomodava assim tanto com quem não fosse de sangue puro. Simplesmente eram-lhe indiferentes, não perdia o seu sono com nenhum deles.

Atravessou o corredor sem a mínima vontade de comer, sentindo apenas que lhe faltava alguma coisa ali, e decidiu nem entrar no salão. Talvez de tarde fosse à cozinha, quando a fome apertasse mais, mas não iria, definitivamente, almoçar junto do resto da escola. A sonserina inteira iria perguntar porque não atacara a rapariga irritante da grifinória, e as outras casas iriam olhá-la com olhos tortos, fosse porque a achavam maldosa, cínica, fraca ou mesmo muito estúpida. Já estava habituada.

Talvez fosse por isso que ela era como era. Quem criava um monstro que aprendesse a lidar com ele também, era o que costumava pensar. Desde que entrara em Hogwarts e o chapéu a seleccionara, que todos lhe haviam virado as costas, olhando por cima do ombro à espera de a ver envenenar ou amaldiçoar alguém. Todos excepto Malfoy, os seus capangas e Snape. E o seu irmão, mesmo que o visse a suspirar pelos cantos pela sua má sorte.

Não odiava ninguém, nem Dumbledore, mas começava a ter motivos bastante fortes para o fazer, quando não tinha outro sentimento presente a não ser a saudade.
by Cassidy
 
domingo, 8 de março de 2009
Jaseen, meet Catherine


Catherine olhou para a água do lago, entediada. Ela voltou sua atenção novamente para o livro em seu colo. Jaseen atirava pedras no lago. Havia passado boa parte da noite ajudando Arckantos a refazer o trabalho que Hugh havia destruído nas chamas. Cathy assustou-se com a movimentação da água, e virou-se deparando com um garoto da Corvinal.
-Você vai acabar acordando a Lula Gigante.- ela preveniu o garoto.
Jaseen olhou para a Grifinória e sorriu fracamente.
- Isso vai alegrar os primeranistas que nunca viram os tentáculos da Lula.
-Faça como quizer.-ela disse, dando de ombros
Ela voltou sua atenção para o livro, mas ele perdera toda a graça. Ela queria conversar. Cathy virou-se para o garoto.
-Meu nome é Catherine Taylor. Seu nome é...?
Jaseen virou-se de novo pra moça.
- Jaseen Crooker Fly. Prazer.- Fez um aceno com a cabeça e sorriu
-O prazer é meu.-ela respondeu, sorrindo de volta
-De que casa você é?- ele falou tentando identificar algum símbolo de casa
Ela desdobrou o casaco e apontou para o símbolo, falando ao mesmo tempo:
-Grifinória.
- Corvinal. Que livro está lendo?- Jaseen perguntou, batendo as mãos e limpando a mão da terra
Ela sorriu quando ele fez essa pergunta.
-O Senhor dos Anéis. É de Tolkien, um autor trouxa.- seus olhos brilharam ou mencionar o livro- Conhece?
- Já ouvi falar. Eu passei metade da minha vida na casa da minha família.
Ele disse, se aproximando e sentando próximo a ela.
-Parte da família trouxa?-ela perguntou
- Não. Na verdade, minha familia é totalmente bruxa. Mas meu pai é apaixonado por literatura trouxa. Logo, eu e os meus primos tivemos contato com a cultura trouxa em geral. Filme, livros, música...
Jaseen observou o lago e depois voltou a olhar a garota.
-Na minha casa, a minha mãe é que é apaixonada. Toda minha família materna é.- ela falou com animação, depois esperou para ver a reação do garoto- Minha família não é muito tradicional...
- Eu sempre quis saber como é ser uma parcela de trouxa no sangue. Minha família vive no meio da mata, num castelo enorme. Nós só temos contanto com o mundo trouxa quando vamos a Londres.
Jaseen falou, a voz meio monótona e fazendo gesto com a mão
-Nós não, vivemos em uma vila trouxa. Minha mãe bronqueou muito com meus primos quando eles resolveram treinar para desaparatar em nosso quintal.- ela riu com a memória
Catherine observou o garoto novamente, observando mais de perto ele parecia cansado.
-Você está com sono ou cansado?- ela perguntou com curiosidade verdadeira denotando em sua voz
- Eu tive uma ''aventura noturna''. Eu e uma garota da minha casa pichamos um muro insultando a Umbridge. - Jaseen sorriu com a lembrança de Filch sendo estuporado
-Era para você estar aqui agora?-ela acenou para o jardim- Você deveria estar em detenção, pelo que me consta. Filch não deixa passar ninguém.
Ela sorriu amargamente lembrando-se que o simples desenho a fisera parar na sala dele.
-Eu sei bem disso.- ela murmurou, mais para si mesma do que para ele
- Então, a garota estuporou o verme. Depois nós fomos pro Salão Comunal.
-Cômico, mas ele não vai deixar isso passar. Eu acho.- ela sorriu com sua incerteza- Ele pode ter batido a cabeça com força.
- Dane-se, seria melhor se ele morrese.- havia um pouco de crueldade na voz de Jaseen, e um brilho incomum nos olhos.
-Acho que não, iria dar muito trabalho para enterrá-lo.- ela adotou um brilho frio nos olhos- Ninguém estaria ali para vê-lo, muito menos jogar terra em cima.
- Era só transfigurar o corpo
-E dar a falsa sensação que alguém gosta dele? Crueldade para quem foi enganado.
- Ou dar a carcaça a Norra.
Ela riu com a idéia.
-Um fim digno, talvez.
- O pai se torna a refeição - depois, Jaseen lançou sua cabeça para trás, numa risada maléfica.
-Acho que estou meio mórbida hoje.-ela sacudiu a cabeça, para espantar as idéias
- Concordo...
-Não fale muita coisa, pois você começou com isso...- ela comentou divertida
- Ora essa, você se deixou levar! - diz, no mesmo tom que ela
-Fui induzida...
- Deixe queito, que o que falamos só atente ao que todos os alunos desejam!
-Isso e que o Snape tome a poção da bondade. Ou apareça com as roupas da avó do Neville.- ela sorriu lembrando-se do bicho papão da aula do professor Lupin
- Isso é algo que jamais esqueceremos...
-Memórias douradas para serem carregadas até o fim da vida.-ela comentou e ao mesmo tempo gargalhando -O que Snape não daria para apagar essa lembrança de todos nós...
- Verdade, vai ver que ele seja capaz de ministrar uma poção nas aulas
A partir daquele dia, Jaseen iria se previnir.
-Já teria feito a mais tempo se pudesse. Mas iria ser estranho se o quinto ano inteiro perdesse parcialmente as memórias ao mesmo tempo.
O garoto iria responder algo mas a garota levantou as mãos e falou apressada:
-Tenho aula. Boa conversa, mas tenho de ir. Adeus Jaseen!
Ela se retirou alegremente em direção ao castelo.


Por Jazz e Cathy

 
sábado, 7 de março de 2009

Helena Jones e Rebecca Barrowns apresentam: Post Especial


- Olá!
- Hoje é um dia muito especial, não é, Rebecca?

- Muito especial. Por que a nossa querida Lindelle está fazendo aninhos!

- Aeeeee! * Palmas*
- Então como homenagem a ela , eu criei essa b
ase ai em baixo com todo mundo do blog comemorando estão vendo? Ótimo.

- E eu, essa montagem aí, mais embaixo. Não ficou lá essas coisas, mas...
- Esperamos que
você goste Lin.



FELIZ ANIVERSÁRIO!



By Rebecca


By Helena



Atenciosamente, Rebecca e Helena.